Entrevista Time Out Hong Kong

"Avril Lavigne deitou fora as suas gravatas há anos. Antes rotulada como a “anti-Britney” com o lançamento do seu álbum topo de classificação de 2002, Let Go, a antiga adolescente rebelde, desde essa altura, despiu-se para a Maxim, lançou numerosas linhas de produtos, casou-se e divorciou-se. E agora parece que a imagem de power pop revoltado que muitos associam à canadiana de 26 anos deu lugar a uma artista mais madura.

O mais recente album de Avril, Goodbye Lullaby, deixa de fora os hinos com canto à Tony Basil, baseados no poder feminino, como Girlfriend e The Best Damn Thing, e mal ouviu uma guitarra distorcida, uma constante no seu antigo trabalho multi-platinado, como a adolescentemente mal escrita Sk8er Boi. Lavigne opta, em vez disso, por uma selecção mais despojada, predominantemente acústica de músicas sobre relacionamentos, uma mudança que ela equaciona à abertura de um novo capítulo na sua vida.

“Goodbye Lullaby defende e representa andar em frente com a vida” diz ela, sentada num sofá numa suite no Hotel Kowloon’s W, de pernas cruzadas e casual. “O corpo das músicas é menos pop-rock. São mais profundas, mais emotivas.”

Mas não se pode dizer que a princesa do pop punk abandonou as suas raízes por completo. Ela ainda apresenta a sua madeixa de assinatura cor-de-rosa e verde, e o single-líder do novo álbum, What The Hell, ainda apresenta o poderoso pop tradicional de Avril, celebrando sexo e brincadeira com letras simples e com as quais nos podemos identificar.

Talvez isso explique porque é que ela tem reparado em fãs mantendo-se com ela ao longo da sua mutante carreira. “É uma coisa boa manter as pessoas por perto”, diz ela. “Acho que não há maneira de dizer a sério, mas muitos fãs com quem me contacto pessoalmente, posso dizer que têm estado por perto desde o primeiro disco.”

Na sua digressão de 2008, Avril contratou dançarinos de fundo para uma festa de gritos, coreografada, de voz aguda, atrás da outra. Mas o novo som da cantora pede um novo concerto, algo mais despojado, menos centrado na teatralidade e mais na música. “Eu fiz uma produção grande, maluca, pop na última digressão”, diz ela. “Este álbum é mais sobre o canto, e mais sobre instrumentos musicais, por isso irei por aí para a digressão.”

Com ou sem dançarinos, a bagagem de topos de classificação – a longa lista de êxitos de deitar abaixo os rapazes e mostrar o dedo do meio – empurrará o público para uma energia frenética. “Acho que é fixe por eu era, tipo, realmente inocente e jovem e despreocupada”, diz ela, “portanto, muita da minha música capturou isso em mim, na música daquela altura.”

Apesar do visual e som constantemente mutáveis, a sua base de fãs de Hong Kong manteve-se leal, com Goodbye Lullaby em primeiro lugar nas tabelas da HMV. Ela continua enorme entre as nossas fronteiras, e, parece que a admiração é mútua.

“Todos os meus concertos na Ásia são fantásticos. É mesmo fixe porque muitas pessoas não falam inglês, mas aprendem as músicas, por isso é muito bom para mim vir cá”, diz ela. “Estar no outro lado do mundo, é uma honra para mim”.

Steven Hsieh

Fonte: AQUI
Tradução:BG (AvrilPortugal)
Créditos: Bandaids