Avril Lavigne: "É [este disco] que vou fazer"

Um excerto familiar numa faixa de um certo album Loud no último Outuno fez-nos pensar: “Que raio aconteceu à Avril Lavigne”. Quatro anos depois de The best Damn Thing, a princesa do pop punk está de volto com um novo disco que-demorou-anos-a-fazer. E eis o pontapé de saída. É suave. Como é que é com a nova direcção? Terá ela arrumado de vez o skate? Encontrámo-nos com Av-Lav para descobrir mais:

Como é que apreciaste os Brits na semana passada?
“Foi fixe. É um espectáculo de prémios muito entusiasmante. Por estarem tantos fãs lá, parecia um concerto. Tantos prémios podem ser aborrecidos e sérios mas este foi divertido”

Estás de regresso com um novo álbum quatro anos depois. Tens estado nervosa?
Toda a gente tem perguntado isso, mas não. Acho que estou mais descontraída do que outra coisa qualquer porque fiz um álbum de que estou realmente orgulhosa. Estou muito excitada e super melosa.

O primeiro single é indicativa da sonoridade geral do album?
É tão diferente. Existem apenas uma ou duas músicas assim no disco. What The Hell é muito mais como o meu material antigo – pop-rock com um tema leve. O resto do meu disco é despido, cru, mais profundo, mais emotivo – como que mais acústico mas não assim tanto. Tem muitos laços, pianos e guitarra acústica, uma vibração tão diferente.

A que propósito veio então ter What The Hell como o single-trailer, então?
Foi escolhido por ter uma sonoridade familiar. A gravadora queria algo assim – algo mais radiofónico. É como que semelhante ao meu material antigo e ajudará a fazer a ponte para o novo material.

Estás feliz com o desempenho nas classificações?
Acho que se está a sair bem, especialmente porque não acho que seja a melhor música do álbum. Está a sair-se bem, yah.

Qual é o significado de Goodbye Lullaby como título de álbum?
Representa o disco e a mim crescendo, avançando, abrindo um novo capítulo na vida e fechando a porta a outro.

Tu co-compuseste cada música do album. Quão importante foi isso para ti?
Eu compus metade do disco sozinha, sem co-compositor, e co-compus o resto. Eu sempre estive envolvida no processo de composição. Compus uma das músicas no album (Darlin) quando tinha 15 anos, e agora gravei-a finalmente, o que significa muito para mim. Eu produzi algumas das músicas também, o que torna o projecto ainda mais próximo de mim.

Que achaste de produzir?
Foi fixe porque nunca pensei vir a ser capaz de fazer isso. Aprendi imenso através do Deryck (Whibley) e do meu amigo Evan (taubenfeld). As duas faixas que fiz, Goodbye e For Real são simples faixas de rock, portanto não foi nada doido. Às vezes menos é mais também.

Li uma entrevista em que disseste que o disco tem estado na prateleira há um ano. Porque é que tem havido um atraso em lançá-lo?
Porque a minha gravadora estava a ser uma típica gravadora a tentar dar-me a sua versão de como devia ser – a tentar fazer-me enveredar numa direcção diferente. Tive de discutir com eles outra e outra vez. Eu estava tipo: “Não, este é um disco muito especial para mim e é isto que vou fazer.”

Com uma direcção diferente, referes-te a um regress a uma sonoridade de Avril mais clássica?
A rádio é muito rítmica e urban e dance hoje em dia. Acho que eles queriam que fizesse algo mais assim, mas não era essa a minha visão para este álbum. Eu fui contratada pelo LA Reid na Arista Records quando tinha 16 anos. Ele compreeendeu-me e acreditou em mim. A Arista fechou e eu acabei na RCA ou lá como foi, depois havia gente nova lá e a cada seis meses muda e entram novas pessoas. É engraçado quando alguém novo entra e também têm uma opinião.

Já te decidiste sobre o Segundo single?
Espero a sério que vá ser ‘Push”.

A Rihanna fez um sample de uma das tuas músicas em “Cheers (Drink To That) do seu álbum Loud. O que fizeste disso?
Eu gostei a sério. Os meus amigos sacaram-na e tocaram-na para mim. Eu gosto da minha música “I’m With You” portanto estou feliz por ela ter feito isso. Ela é realmente talentosa e tem uma carreira óptima.

Alguns dos teus clássicos como Sk8er Boi agora têm quase nove anos. A tua abordagem às actuações mudou agora que estás mais velha?
Não. Quando as pessoas vêm a um concerto, querem ouvir os êxitos, as grandes músicas de rádio, e querem ouvi-las da forma como estão habituadas a ouvi-las. Gosto de tocá-las da forma como foram gravadas.

Goodbye Lullaby sai dia 7 de Março.